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Por Unknown | segunda-feira, 27 de junho de 2016 | Publicado em , , , | Com 0 comentários
O comediante de renome nacional, Hugo Sousa, passou pela Vila de Cinfães com o seu espetáculo que apresentou num Auditório Municipal praticamente cheio. A noite foi, como estava prometido, de muita comédia que provocou muitos risos a quem não quis perder a atuação do stand up comedian.

No fim, Hugo Sousa esteve à conversa com João Pereira, onde falou sobre temas como os primórdios da sua carreira, a evolução da arte da comédia em Portugal, de onde se sente melhor com a sua arte e do trabalho que é necessário para preparar um espetáculo deste género sem nunca esquecer o futuro e a vontade de continuar a fazer espetáculos ao vivo mas também televisão.

João Pereira – Recuando ao inicio da sua carreira, quando é que percebeu que queria seguir a arte do Stand Up Comedy?

Hugo Sousa – Quando eu tinha os meus 18 anos comecei a fazer algumas noites de comédia no Porto, o formato era diferente e na altura não havia o conceito que há hoje de stand up. Eu comecei com as anedotas, depois surgiu o programa de televisão Levanta-te e Ri e eu comecei a escrever textos da minha autoria, depois comecei a ir ao programa e foi assim que comecei. No fundo isto foi muito rápido, nem tive muito tempo para pensar. Quando comecei nessas noites de comédia no Porto nunca imaginei que um dia me viria a tornar comediante profissional. Na altura havia o Herman e poucos mais. Quando dei por mim já estava a fazer comédia profissional. Eu andei na faculdade, tirei o curso de desporto e nunca exerci, está lá na prateleira. [Com o pensamento de que se um dia a comédia funcionasse, teres algo onde te agarrar?] Sinceramente, desde que entrei na comédia nunca mais olhei para trás. Uma pessoa pensa sempre que se um dia isto deixar de dar, vou ter de fazer outra coisa mas tem corrido tão bem que não tive nenhum momento em que pensasse fazer outra coisa. Comecei na comédia e já lá vão treze anos de vida profissional.


JP – Ao longo do seu espetáculo acabou por brincar com o facto de a Câmara Municipal de Cinfães proporcionar bilhetes gratuitos ao público para poder assistir. Mais a sério, é importante o poder local do interior preocupar-se com a cultura?

HS – Sim, claro que é. Ainda por cima vocês têm aqui um auditório que é muito fixe. Eu faço espetáculos pelo país inteiro e já dei os parabéns pelo auditório que vocês aqui têm. O que eu disse ali no palco é verdade, vocês têm que dar mérito e agradecer à Câmara Municipal porque muitas vezes eu faço espetáculos para câmaras municipais em que apesar de ser a câmara municipal que convida, cobram o bilhete ao público. Aqui não, as pessoas vêm à borla e há que dar reconhecer e dar mérito ao município.


JP – O público do Norte é diferente do público do resto do país? 

HS – É assim, eu não tenho razões de queixa do pessoal do resto do país. Se calhar, identifico-me um bocado mais com as pessoas do norte porque eu também sou do norte e consigo falar de coisas que nós temos aqui e que não existem noutras zonas do país.


JP – Durante este tempo que tens de profissional da comédia consegue perceber a evolução desta arte?

HS – É uma arte um pouco recente em Portugal porque se falarmos dos EUA, do Reino Unido, da Austrália, eles já têm comédia stand up desde a década 20, 30. Aqui, já estamos a um bom nível, já temos comediantes bons e cada vez melhores, ainda mais agora com a globalização e as redes sociais. [É importante o papel das redes sociais no seu trabalho?] Sim, repara: em 2003 quando começou o Levanta-te e Ri, as pessoas não tinham referências de comediantes estrangeiros, o youtube só apareceu em 2006 que foi quando acabou o programa. Desde 2006, isto sofreu uma evolução muito grande porque as pessoas já sabem como se faz lá fora e mesmo os comediantes portugueses já fazem as coisas de outra maneira. Temos comediantes muito bons em Portugal, a esgotar salas, coliseus, no fundo já estamos ao nível da música e dos espetáculos de teatro.


JP – O que é que acha que falta no nosso país para a arte do Stand Up Comedy se estabilizar?

HS – Eu acho que já demos um salto muito grande porque há bem pouco tempo atrás, há oito anos atrás era difícil um comediante arranjar teatros para atuar porque isto era visto como uma arte menor. As pessoas não tinham noção que isto é uma arte que é muito difícil de fazer. [E nesse aspeto, o respeito que as pessoas têm por si e por outros colegas de trabalho cresceu muito?] Sim, claro que sim. Hoje em dia os programadores de teatro já estão abertos a stand up. No fundo, eu acho que arte mais difícil de palco é o stand up comedy. Sem tirar o mérito a grandes guionistas e a grandes atores, numa peça de teatro tu tens sempre apoios, é usual comprar-se peças estrangeiras porque já se sabe que vai ter sucesso e são adaptadas para português. No stand up tu estás por tua conta, ponto final. Tu é que tens que ir para lá, fazer as tuas piadas, fazer rir. [São muitas horas de trabalho por dia?] São, o pessoal não tem noção, pensa que estamos no palco e aquilo sai na hora, há muito improviso mas para fazeres um espetáculo bem feito demora muitos meses a preparar.



JP – O Hugo faz espetáculos de Stand Up Comedy pelo país inteiro, já fez trabalhos de ator, apresentou programas de televisão… Qual é verdadeiramente a sua “praia”?

HS – Se fizer essa pergunta a qualquer comediante, acho que o que todos vão responder é espetáculos ao vivo porque temos a reação imediata das pessoas, na televisão tens de estar a gravar e esperar pela reação. Eu gosto muito de fazer sketchs e programas de comédia mas o que realmente gosto mais é de fazer comédia no palco.


JP – Sei que para além de autor dos seus próprios textos, escreve também textos para outros comediantes, para televisão e para outros projetos. É gratificante ver o seu trabalho resultar de outras formas?

HS – Eu tento conciliar tudo. Tenho de escrever os meus próprios espetáculos, já escrevi para programas de televisão, já escrevi para outros comediantes e quando resulta é claro que fico contente mas é diferente, o que eu gosto mesmo é de fazer espetáculos ao vivo, o resto é um complemento.


JP – Olhando agora para a frente, por onde é que vai passar o seu futuro? Há novos projetos?

HS – Sim, há sempre novos projetos. O principal é sempre fazer um espetáculo novo, normalmente andamos um, dois anos com um espetáculo mas depois como vivemos num país tão pequeno, temos que mudar. No Brasil ou nos Estados Unidos eles conseguem andar dez anos com o mesmo espetáculo, aqui somos dez milhões, não há assim tantas cidades como isso. Depois temos que complementar com a televisão porque se não fizermos televisão não temos público nos espetáculos ao vivo e  hoje em dia há internet que eu gosto muito porque tenho controlo absoluto naquilo que faço. Eu gostava muito de fazer televisão, vamos ver, tenho uns projetos novos, vamos ver o que acontece.


JP – Muito obrigado, Hugo.

HS – Obrigado.

Por Unknown | quinta-feira, 9 de junho de 2016 | Publicado em | Com 0 comentários
No próximo dia 12 de junho, domingo, pelas 16h00, o Presidente do Município de Resende, Garcez Trindade, e o Presidente do Conselho de Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo – APDL, Emílio Brogueira Dias, vão proceder à inauguração da Praia Fluvial do Bernardo, situada na freguesia de Barrô.

Trata-se da requalificação de uma área de terreno ladeada pelas águas do rio Douro e pelas terras agrícolas dos socalcos da encosta vinhateira cujo objetivo é valorizar e consolidar. Este novo equipamento pretende devolver este espaço às populações, criando condições para o seu uso de forma segura e ordenada, assim como dotá-lo das infraestruturas de acesso ao plano de água para atividades recreativas e de lazer no concelho de Resende.

Assim, foram realizadas as seguintes intervenções: construção de pequenas estruturas de proteção das margens com recurso a muros de suporte; criação de acessos, iluminação pública e parque de estacionamento; instalação de mobiliário urbano em madeira, tais como, passadiço para linha de água, mesas, caixotes do lixo e bebedouros, plataformas flutuantes de acesso ao rio e melhoramento de rampa existente; reforço da vegetação existente com a plantação de amieiros, álamos e salgueiro-chorão.

Resende situa-se num espaço privilegiado junto ao rio Douro e a freguesia de Barrô é a porta de entrada na Região Demarcada classificada pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade.

Depois das intervenções no Parque Fluvial de Porto de Rei e no Cais Turístico-Fluvial de Caldas de Aregos, o Cais do Bernardo é mais um equipamento que estabelece uma relação estreita e integradora de Resende com o seu rio, conduzindo a um novo reencontro com o Douro.
Por Unknown | quarta-feira, 8 de junho de 2016 | Publicado em , , | Com 0 comentários
Militares do Posto Territorial de Resende detiveram ontem, dia 7 de junho, uma mulher com 57 anos, por posse de armas e munições ilegais, em Resende.

A detenção ocorreu na sequência de várias diligências de investigação, que culminaram com uma busca domiciliária, tendo sido apreendidas duas espingardas caçadeiras e 189 munições.

A detida está neste momento a ser presente ao Tribunal de Instância local de Lamego.
Por Unknown | | Publicado em , , , | Com 0 comentários
Luis Soares Presidente da Federação Distrital de Viseu da Juventude Socialista é neste momento o nome de quem se fala em toda a região do Interior de Portugal.

É jovem, é de Cinfães e lidera atualmente a estrutura Distrital de Viseu da Juventude Socialista, que conta com órgãos eleitos nos 24 concelhos do distrito. Além de já ser reconhecido pela defesa constante e intransigente que faz do seu território, que não é de agora, foi neste momento que conseguiu que isso mais se evidenciasse, conseguindo trazer o tema para debate e coloca-lo na agenda política nacional.

Sendo neste momento, considerado por muitos, como o embaixador de toda a região do interior e dos seus jovens, demostrou toda a coragem que lhe é característica, por quem o conhece e elaborou um documento com propostas concretas para toda uma região. Incidiu-se sobre as áreas que mais diferença fazem no dia a dia das pessoas, sobretudo dos jovens, entre elas a Educação, o Emprego, o Empreendedorismo, a Habitação e a Cultura, levando isso ao Congresso Nacional do Partido Socialista, que se realizou em Lisboa, no passado fim de semana.

Se em tempos normais, poucos são os que arriscam sujeitar o seu vínculo a propostas concretas para as regiões, numa altura em que o seu partido está no governo, neste caso o Partido Socialista, muitos menos serão.

Contudo, Luis Soares, mesmo assim quis correr esse risco e diz que:

"Se quando somos oposição criticamos o quanto abandonada está esta região, é quando estamos no governo que temos de reivindicar que tal panorama mude, porque aí sim, as nossas responsabilidades são mais elevadas e temos a possibilidade de mostrar que é possível fazer diferente, melhorar as condições de vida de quem cá vive e que estas tenham a mesma igualdade de oportunidade das pessoas que vivem noutros sítios". – Luis Soares

Prossegue ainda, referenciando:

“Estou consciente dos riscos que corri em elaborar tal documento, porque tinha a plena noção que isto seria alvo do escrutínio público e as propostas seriam avaliadas ao pormenor, mas jamais isso me condicionaria a fazer o que no meu entendimento é o certo. Desta forma, tinha de sair em defesa do nosso território e das suas gentes. Porque tal como dizia o fundador do meu partido Mário Soares - "Um político assume-se" e é isso que fiz e continuarei a fazer.” – Luis Soares

Durante o fim de semana, na reunião magna dos socialistas, muitos foram aqueles que quiseram debater o tema e elogiar o documento e as propostas elaboradas pelo jovem do distrito de Viseu, que num ato de coragem, irreverência e construtivo saiu em defesa do seu território. Contudo, é na próxima Comissão Nacional do PS, que o documento vai ser debatido na especialidade.

Na apresentação feita ao Congresso, o Presidente da Distrital de Viseu da JS, destacou as seguintes propostas:

Educação – “Implementar uma rede de ensino pré-escolar presente em todos os distritos do interior, com um alargamento dos seus horários de funcionamento, fomentando a natalidade e contribuindo para a fixação de casais em idade fértil” e “Definir uma visão estratégia para a nossa rede de ensino superior, reforçando o envolvimento e o impacto regional destas instituições, criando apoios para atrair novos alunos e condições para fixar os já existentes.”

Emprego – “Apostar na nossa região como local privilegiado para a localização de indústria tecnológica de base digital, beneficiando das nossas condições naturais.”

Empreendedorismo – “Implementar uma rede de incubadoras de empresas de âmbito empresarial, social e artístico, como clusters de desenvolvimento regional.”

Habitação – “Incentivo à reconstrução de casas antigas para jovens se fixarem nos seus concelhos” e “Atribuição de benefícios fiscais a quem pretender reabilitar imóveis devolutos e degradados nas zonas históricas das cidades.”

Cultura – “Incentivar a dinamização da cultura local através do apoio a jovens artistas e criadores.”

Para o jovem socialista, este território está atualmente assolado pela problemática do despovoamento e os jovens maioritariamente sem oportunidades vê-se obrigados a partir para outros destinos. Com este documento, recheado de ideias novas e transformadoras, para potencialidades únicas, julga estar aqui uma boa base de trabalho para as politicas a desenvolver na região, visto ser necessário alterar o paradigma atual. Defende que é preciso agir e que se olhe para o interior como uma oportunidade, arranjando-se soluções, caminhos e estratégias que voltem a colocar o interior no mapa de Portugal e dessa forma, se incentive à fixação dos seus jovens e coloque a dicotomia interior/litoral posta de lado.

“Que possamos olhar no horizonte das montanhas do nosso interior e observar que por detrás de cada uma delas, existe sempre uma maior a alcançar, que este documento seja isso mesmo, a primeira montanha, de muitas mais a alcançar.” – Luis Soares