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A classe dos advogados fez-se representar de toga, com balões negros e em grande número, na manifestação de desagrado e indignação, queixando-se que o critério para o encerramento de tribunais está mal desenhado e que os dados são, em alguns casos, obscuros. Por sua vez, os mesãofrienses não aceitam de forma alguma a desqualificação do tribunal de Mesão Frio e, por esse motivo, voltaram a manifestar uma vez mais o seu desagrado.
Alberto Pereira, presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, reiterou que o encerramento do Tribunal Judicial “não irá favorecer ninguém, já que os munícipes terão que fazer vários quilómetros para aceder à justiça.” O autarca considera ainda que, “a medida é prejudicial tanto para os cidadãos como para quem trabalha no setor e, ao entrar em vigor o novo mapa judiciário é o fim da justiça de proximidade”, afirmou, antecipando grandes dificuldades na deslocação dos munícipes devido à falta de transportes públicos.
A reorganização do mapa judiciário deverá entrar em vigor a partir de 1 de Setembro, sendo encerrados 47 tribunais em todo o país, entre os quais 27 passarão a ser balcões de apoio. No caso de Mesão Frio, os processos vão transitar para outras comarcas, como a de Peso da Régua, Vila Real ou Chaves.